Todo dia é dia, toda hora é hora
"Dezembrite é um termo que se refere a um conjunto de sintomas que muitas pessoas experimentam no final do ano, como angústia, melancolia e ansiedade. Estes sentimentos podem ser desencadeados por diversos fatores, como:
- Expectativa emocional em torno das festas
- Melancolia pelo que já passou
- Metas para o próximo ano
- Avaliação do ano que está finalizando
- Promessas frustradas
- Insucessos
- Perdas
- Comparações com outras pessoas
Para lidar com a dezembrite, é importante adotar estratégias que visem evitar a autocobrança e a frustração. Algumas sugestões são:
- Organizar e priorizar tarefas
- Se conectar com pessoas queridas
- Praticar a gratidão
- Buscar atividades prazerosas
- Evitar comparações
- Não endossar exigências e pressões sociais
- Refletir de modo acolhedor sobre os desafios e conquistas do ano
- Construir planejamentos
- Acolher sentimentos, desejos e necessidades
Se já realiza terapia, é importante combinar as férias com cuidado. Para quem ainda não faz terapia, este pode ser um bom momento para iniciar."
Quando se pergunta ao Google sobre dezembrite, a inteligência artificial responde desta forma que eu copiei e colei aí acima, mas na real é diferente, dividindo-se entre os que defendem apenas recolhimento ao lar posto que o aniversariante é Jesus e a outra corrente, essa predominante, que nem aí para essa conversinha fiada e defende o beber, beber, beber e beber, meter o pé na jaca na comilança independentemente de qualquer coisa, como se fosse época de carnaval em que tudo pode. Pode mesmo tudo? A televisão só faz reportagens das ruas de comércio "popular", mas não mostra uma só fachada de nenhuma loja, o que ela quer incutir na cabeça é que você vá ao shopping, às grandes lojas de marca, em tese os anunciantes. Não precisa ir às ruas de comércio popular, quem devia estar lá já está, são esses entupindo ruas, calçadas e lojas, que são entrevistados e dizem estar levando apenas presentinhos para netos, sobrinhos e alguns parentes que vão à casa para a ceia, tudo baratinho porque está muito mais caro este ano do que no ano passado. No shopping, aonde você provavelmente vai, uma lembrancinha pagaria a sacola da tiazona da 25 de Março. E as comidas? Mesmo agora, os noticiosos ficam fazendo "ao vivos" das casas das pessoas que vão preparar ceias fartas, onde não podem faltar carnes caras, frutas importadas, bacalhaus, enfeites, decorações etc., e essas pobres coitadas, encontradas sabe-se lá de que jeito pelas produções de reportagens, preparam previamente, à custa do próprio bolso, aquela fartura de coisas apenas para 20 segundinhos da repórter degustando alguma coisa a dizer que vai levar alguma coisa para os apresentadores, que ficam no estúdio lambendo os beiços. E isso aí tem que sentido? Incentivar você a compra alguma das muitas dessas "aves natalinas", não importando a empresa, quase todas são de poucos grupos econômicos, que anunciam na TV a todo instante. Não saem lucrando apenas essas grandes empresas que vendem proteína animal, ganham também os supermercados, igualmente grandes anunciantes. Na cabeça do telespectador fica um sentimento de culpa (inconsciente) se não seguir esse roteiro, se não houver fartura na mesa de natal: "melhor sobrar do que faltar", coisa de pobre, como diria o personagem Caco Antibes, do Sai de Baixo. Poucos têm a autonomia de fazer o que bem quiser, se quiser! Poucos não ficariam depressivos se não tiver festança, comilança, bebedeira a dar com pau nas ceias do Natal. Faça o que quiser, se quiser, mas não se compare nem se culpa. Veja o vizinho com luz acesa, na maior gritaria em volta da churrasqueira, afinal esses só podem estar comemorando ruidosamente o aniversário de Jesus, pois sim?
(Cada um pensa o que quer, eu penso isso, pense você aquilo e tudo bem)
Comentários
Postar um comentário