"Mãe do céu! Gusttavo, assim você me lasca!"
Não bastasse o tal Pablo Marçal ter aderido a um partido maior do que o PRTB com a intenção explícita de se candidatar a presidente da República - e ganhar! - em 2026, desagradando o capo deles, que pretende ser candidato até o fim, como fez o Lula, sabendo que não poderia ir às urnas, lançando o nome do poste Haddad, também Bolsonaro pretenderia a mesma estratégia, trocando apenas o Jair pelo Eduardo na última hora, ficando em casa o presidente da República. O deputado federal tem o cacife de representar São Paulo e de contar com o apoio do governador dos paulistas, outro lacaio da famíglia arraigada no poder, com intenções de ocupar cargos em todos os poderes, exceto o Supremo, a quem pretende extinguir. Se puder! Já tem um senador, um deputado federal, um ex-presidente e dois vereadores, um no Rio de Janeiro e outro em Balneário Camboriú. Tirando o mais jovem, ser vereador no Rio é o mesmo que deputado estadual, convenhamos. Essa trama não saiu assim, do nada, da cabeça do cantor, que pode ter só frivolidades no cérebro, mas besta não é, fosse, não seria bilionário... Ele conversou antes, pediu bênção e tudo, e saiu da conversa deixando todo mundo animado, achando todos que ele não falaria nenhuma abobrinha, mas que deixaria escapar a intenção de se lançar também candidato em 2026 na base bolsonarista, reforçando os pedidos de votos aos brasileiros para ajudar a consolidar a extrema direita no poder. No Planalto. Mas, não, ao que se fala a boca pequena, teria intenção de se ajeitar em Goiás, com o governador Caiado, dissidente desse núcleo duro apenas porque demonstrou, também, intenção de se lançar candidato a presidente, e nas mentes dos extremistas, quem quer concorrer vira inimigo figadal. Então, lançado precipitadamente candidato com intenções maiores, atrapalharia, já agora, a pavimentação do discurso de Bolsonaro presidente em 2026, contando com a anistia às condenações que já tem no âmbito eleitoral e esquecendo as que sofreria no âmbito da justiça geral. E na certeza de não poder ser eleito, seu filho seria o ungido em detrimento do governador paulista, um excelente nome para a centro direita. O cantor não ganharia espaço porque os políticos se blindam contra quem não é do métier, que só podem dar dinheiro e transferir prestígio e jamais tomar o lugar de nenhum deles. O governador de São Paulo, uma pena, tem se mostrado mais capacho - e o termo não menospreza nem ofende quem é lacaio - do que anseiam as mentes pensantes do centro e o governador Caiado não tem prestígio nacional que o catapultem a candidatura a presidente. O prefeito da Capital paulista seria outro que lutaria com todas as forças para a candidatura que determinar o ex-presidente, aceitaria tudo, como aceitou o vice, escolhido por Bolsonaro e tem colocado em seu secretariado meia dezena de ex-prefeitos do PL. O governador gaúcho também se assanha de vez em quando, mas contaria tão somente com apoio dos ativistas da causa LGBTQIA+ e não do eleitorado geral brasileiro. Digo isto porque depois de ter gerenciado, e bem, as enchentes que arrasaram seu Estado, se vê como alternativa razoável e civilizada, por que não? Deste modo, a princípio, teríamos em nível nacional o que tivemos na disputa a prefeito de São Paulo, com Gusttavo Lima contra Pablo Marçal, direita contra direita, extremados. No campo da esquerda, fica ninguém. Então, seja lá quem for que brigue agora, que finque mourões e cerque território, sabendo bem que será para o pasto bolsonarista engordar seus bezerros em 2026, e, como estamos vendo, serão muitos trabalhando para muitos votos garantidos desde já pelos que defendem anistia para os golpistas, além dos declaradamente da ultradireita no Brasil. Azar.
(Eu penso isso, pense você aquilo)
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