Time mais rico do mundo contrata o mais famoso (e melhor) jogador do mundo
Foto Saul Baretta/SantosFC
Afora futebol, Neymar no Santos equivale ao tal Gabigol no Cruzeiro, ambos chamam mídia espontânea nada muito além disso. Com a diferença de que o tal Neymar traz consigo projetos megalomaníacos, como o de fazer Ronaldo presidente da CBF em troca do Fenômeno ajudar a convencer David Beckham, um dos três sócios do Inter de Miami, a levar o craque para continuar a coadjuvante do Messi, o grande sonho de consumo do excepcional jogador quando menino. Foi subserviente a ele no Barcelona, aceitou trazê-lo a Paris para não ser segundo do Mbappé e Cavani, aí não, né? Assim já seria demais. Voltando ao Neymar, depois de contusão grave, recuperação demorada, e outra, muscular, já no jogo de retorno, tirou dele o nível de competir em bom nível, pela idade também, até no Saudita. Mas para jogar contra Água Santa, Sport Recife ou América de Minas, vixe!, dá. O incauto torcedor de futebol, um apaixonado, que como tal cega para a realidade, para eles Neymar vai garantir permanência na Série A do Brasileiro, nem pensam em título. A paixão emburrece o sujeito, mas até para isso tem limite. Pensam numa Libertadores e num Mundial de Clubes, não neste 2025, mas nos próximos, afinal, para a cabecinha deles, Neymar não veio porque não tivesse mais nível nem para o campeonato saudita, mas veio para se curar(?) no Brasil, ficar mais perto dos parças e da Seleção, de convocação certa, e ganhar o único título que lhe falta(?), uma Copa do Mundo, coisa que o Messi conseguiu. Mas foi só uma, não foi? Logo abaixo do um está que número? O zero. Então, estar abaixo do Messi até nisso já serve... Esse apaixonado não lê nada, não procura se informar dos cinco meses em que o cara fica por aqui, no máximo! Deve jogar uma dezena de vezes, no máximo! Paga cem reais para essa apresentação na Vila Belmiro, compra camisas com nome Neymar estampado atrás e já paga o voo fretado que o trouxe da Arábia, ou acha que ele pagaria isso do bolso?! Veio para não ficar desempregado, desfiliado de algum time até a convocação (certa) do Dorival Júnior e até que se abram as inscrições na liga americana e ver sua expectativa atendida de ir servir o Messi mais uma vez, nada muito além disso. Se não der certo, aí, a depender de quantos milhões algum projeto renda, vai aonde o balancete apresentar números mais azuis e onde ele possa encostar o burro na sombra, jogando umas dez ou vinte partidas no ano e treinando quando quiser, tipo jogador de várzea bom de bola, igual Romário no auge, no Vasco, que fazia o que bem queria. Mas era o Romário em forma! Que Deus abençoe o trintão, ex-craque santista, e não me desampare com boa saúde porque afora o futebol é isso. Futebol mesmo, só o técnico da Seleção vê nele, o Jorge Jesus não viu assim. Mas se Deus abençoa Neymar e a mim, quem é Jesus nessa história, né mesmo?
(Eu penso isso, pense você o que quiser)
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