Tenho pensado muito na morte ultimamente...

 

O fim existe, assim como o começo, e fingir ou não falar dele não elide que ele venha a acontecer mais dia menos dia. Dá-se o mesmo quando se fala de seguros, como se fosse coisa agourenta, e não o é. Voltando ao tema, não se trata de depressão suicídio ou coisa equivalente, trata-se apenas de refletir sobre as coisas na real, como elas de fato são, sobre sucessão e impostos e brigas por migalhas etc. Pela falta de quem deixou bens e direitos ou dívidas, isso ninguém fala, mas apenas dos bens e direitos, e sobre isso eu tenho pensado bastante nos últimos tempos especialmente. Não espero que Deus se apiede de mim e me dê vida longa, longuíssima sem qualidade de vida mínima, que não tenha autonomia, por exemplo, nem quero isso para mim, de jeito nenhum! Digo aos meus herdeiros que, em tese, eu vou primeiro, e eles retrucam, mas meio assim-assim. (Posso rir? kkkkkkkk). Interesseiros! (Por dentro). Uai, são anormais, são ETs? Nada a ver, são normais. E se dá fenômeno assim do tostão ao bilhão herdado, foi assim com o que deixou o fundador das Casas Bahia. Deu B.O. também com a fundadora das Casas Pernambucanas, e rola até hoje na justiça quebra-pau por alguma coisa a mais para este e uma coisinha a menos para aquele, e já se vão décadas de desentendimentos sobre esses milhões, que, repito, de fusca a avião, tudo dá desentendimento depois. Mas se você destinar antes o que tem para deixar, também pode haver coisa do tipo "Ah, mas esse dinheiro no banco para fulano, por quê?" Ou "Eu preferia o carro X em vez desse apartamentinho mequetrefe" e assim vai. Já pensei em torrar tudo em farra, com superficialidades, mas não me satisfaz, e seria o quê? Castigo? Castigar a mim para castigar os outros? Burrice. Pensei em deixar para "os outros", mas a lei não permite, a menos que você faça isso agora, antes de passar dessa pra outra, aí pode dispor à vontade do que lhe pertence, deixar, não, aí tem que seguir a lei. Lei até pra isso tem! Meu Deus! Ainda bem... Enfim, estou esquentando demais os miolos para que os que vão continuar não se desgastem nem paguem impostos, e isso pode, por que não?, abreviar meu fim, e quer saber de uma coisa? Se eu vou antes de todo mundo, lá de baixo ou lá de cima, quero mais é ficar rindo enquanto se digladiam pela fortuna que vão herdar, seja tostão ou milhão, não vou abrir o jogo, claro? Vai que, na hipótese do milhão, resolvem fazer acordo entre si e me trazerem alguma maçã envenenada, como num conto da literatura, né mesmo? Vou de boa, de bar em bar, dia a dia seguir sem mais pensar no depois disso.   

(Eu penso isso, pense você o que quiser)

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Indultar presos condenados? Sei não... Por quê?

Todo dia é dia, toda hora é hora

O Corinthians... Ou melhor, a Fiel é favorita, mas tem o efeito Neymar